sábado, 7 de setembro de 2013

4o. MOTIVO DA ROSA


Não te aflija com a pétala que voa:
também é ser deixar de ser assim.

Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.

E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim

Cecília Meireles

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